segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

ARUBA

Bem, amigos, fiquei algum tempo sem postar nada neste blog mas vou explicar o motivo. É que, em Aruba, no dia 08 de dezembro de 2011, ao saltar do Guga Buy para o pier, escorreguei e caí na água, não sem antes tentar me agarrar no pier, o que provocou uma fratura no úmero do braço direito, no ombro (a dor foi imediata e terrível), além de um corte na mão esquerda. Ainda bem que estávamos com um carro alugado e o Eduardo me levou, imediatamente, para o hospital da ilha, onde fui atendido por um médico que suturou o corte (4 pontos) na mão e radiografou o ombro, constatando a fratura e imobilizando o braço com uma tipóia. Com ambos o membros superiores sem ação, a coisa complicou, pela óbvia dificuldade de movimentar o braço e utilizar as mãos. 

De Aruba, a idéia  era levar o Guga Buy para St. Maarten, onde eu ficaria e o Eduardo iria para Trinidad, buscar o Amazonas . O acidente nos fez mudar os planos. Deixamos o Guga Buy no Iate Clube de Aruba, embarquei para o Brasil (a Gol tem vôos diretos de Aruba para Brasília) e o Eduardo foi para Trinidad. Fui para o Rio de Janeiro, pois minha mulher iria passar as festas de fim de ano lá, com nossa filha e eu não queria alterar seus planos.

A viagem não foi das melhores, eu não podia carregar a bagagem, meus movimentos estavam bastante limitados. As garotas da Gol - foram somente garotas que me auxiliaram - foram meus anjos da guarda. Em todos os trechos, elas carregaram minha bagagem, o que me proporcionou mais conforto.

Durante o vôo, logicamente deu vontade de ir ao banheiro. E agora? Peço ajuda? Olhei para a comissária que estava próxima ao banheiro, pensei, pensei, mas não tive coragem. Então fiz tudo sozinho, apesar da dor. Mas fiquei imaginando como seria uma ajuda da comissária. Haveria de ser bem interessante, com certeza! Mas, o pudor falou mais alto.

Bem, este foi o motivo da demora para fazer esta postagem. Ausência completa de condições para digitar.

Agora, vou iniciar um período de fisioterapia para, depois, voltar para o Caribe.

Ah!, ia esquecendo. Quando cai na água, tinha no bolso meu iPhone 4 recém comprado. Já viram, né? Com água salgada, não funcionou mais nem com reza brava, embora eu tenha feito o procedimento recomendado por um técnico: colocar o aparelho no meio de arroz cru. Mas, não resolveu.
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Mas, vamos fazer uma regressão. Ainda em Curaçao, na semana que lá ficamos, chovia a cântaros. Conhecemos um pouco da ilha durante as estiagens.

Suas praias são mais apropriadas para mergulho, mas são, também frequentadas por banhistas. A água é transparente, o que, aliás, é uma característica do mar do Caribe.
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Aí, zarpamos de Curaçao com destino a St. Maarten, pois lá, como já disse acima, eu ficaria no Guga  Buy e o Eduardo iria até Trinidad buscar o Amazonas, para leva-lo também para St. Maarten. A navegação estava bastante confortável, com um vento de través nos empurrando. Lá pelas tantas, ainda dia, eu estava no turno e surgiram, à nossa frente, duas formações muito semelhantes aos nossos pirajás. Talvez sejam, efetivamente pirajás. Um a bombordo, outro a boreste, num ângulo em V de 45º da proa, com um vão central que parecia dar passagem ao Guga Buy sem sofrer a ação deles.  Desliguei o piloto automático e conduzi a embarcação para aquele vão, para tentar escapar daquelas formações. Estava divertido ter o barco na mão, tentando ludibriar aquelas chuvas.

Mas, que nada! Quanto mais nos aproximávamos, mais o vão diminuía. Não é que os lazarentos dos pirajás estavam se juntando? Tive a nítida impressão que estavam me sacaneando. Como já estava próximo deles, não tinha como escapar. Foi o maior banho. Água despejada por dois pirajás, podem imaginar a quantidade.

A partir daí – já havíamos percorrido 120 milhas – o bicho pegou. O mar subiu, vento forte na cara. Naquela situação, além do desconforto, calculamos que levaríamos mais de cinco dias para chegar em St. Maarten e não tínhamos combustível suficiente para todo este tempo. Então, resolvemos voltar, mas, ao invés de retornar para Curaçao, fomos para Aruba porque, além do fato de que ainda não conhecíamos aquela ilha, o ângulo do vento estava melhor. Foi uma decisão acertada.  Aquele vento que nos atrapalhava no rumo inicial, favoreceu muito quando mudamos o rumo para Aruba. Afora isso, a ilha é um local muito aprazível.

Ao chegarmos, procuramos uma marina e, por anterior indicação de amigos, fomos para a Renaissance Marina, neste pier aí (onde me ferrei).

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O complexo da marina oferece de tudo: hotéis, cassinos, restaurantes, bares, tudo a alguns passos de onde estávamos atracados.
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Do atracadouro, tínhamos visão do porto que recebia grandes navios de passageiros. Todos os dias atracava um navio de manhã e zarpava à tardinha.
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Às vezes, atracavam dois navios simultaneamente.
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Ao lado do Guga Buy, estava atracado um mega iate. Olhe só o bote de apoio. Altos luxos...

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Tanto os hospedes do hotel, como os usuários da marina, tinham acesso aos mais diversos serviços que o complexo oferece, como piscina, sauna e outros. Um deles consistia em transportar os usuários, de barco, do hotel até uma ilha ali próximo, que pertence ao complexo. Não tivemos tempo para conhecer essa ilha. Mas, o interessante disso é que o embarque e desembarque de passageiros era feito no interior de um shopping do hotel, onde havia um canal que o ligava ao mar.
                                Olha aí o local.

 Em outra postagem falo mais sobre Aruba.