quarta-feira, 19 de setembro de 2012

SANTA MARTA – COLOMBIA.

Após aquele tribufu que enfrentamos quando saímos de Aruba, a tempestade elétrica, chegamos nem Santa Marta, na Colômbia, fomos diretamente para a marina.

A marina em Santa Marta é ótima. Muito boa estrutura, preço justo e bom atendimento. Pertence ao grupo IGYMarinas.

Olha aí onde o Guga Buy ficou atracado.
Santa Marta, Colmbia. Marina Santa Marta.

Como primeira impressão, a cidade não agradou muito. O centro era tomado por comércio ambulante e muitas ruas sujas.
Santa Marta, Colmbia.

Aas casas antigas, com aquelas varandas sobre a rua, eram conservadas e o centro era coalhado de restaurantes, mas que fechavam muito cedo. Na primeira noite, às 22 horas, só conseguimos uma pizzaria aberta. Pizza muito ruim. Mas a cerveja, colombiana, era boa e bem gelada.
Santa Marta, Colmbia.

Como queríamos caminhar pelo centro, indagamos a um funcionário da marina acerca da segurança e ele já delimitou nossa caminhada. Indicou uma rua que, após ela, a barra era pesada. Então, nossa caminhada se restringiu à parte segura. Realmente, não vimos nada, ali no centro, que causasse algum temor.

Nossa caminhada rendeu algumas cenas, como, numa esquina, um vendedor de uma fruta milagrosa (parecia um coco pequeno), cujo líquido  curava tudo. E o pessoal comprava, embora o sujeito de camisa preta parecia não acreditar muito.

         Santa Marta, Colmbia.  

Na orla da baía de Santa Marta, chamou atenção uma escultura, na qual havia um índio espancando outro, e um de pé, levando a mão à boca.. Não consegui descobrir o significado daquela imagem. Mas, que era estranha, isso era!
Santa Marta, Colmbia. ndios na porrada. No descobri porque o monumento.

Mas a má impressão da cidade não ofuscou o maravilhoso por do sol que presenciamos.Santa Marta, Colmbia.

No dia seguinte, alugamos um taxi para conhecer a cidade. Lá, o taxi é muito barato. Para conhecermos quase toda a cidade pagamos a importância de oitenta mil pesos, que equivale a menos de cem reais. O motorista era um cara simpático e explicava tudo o que víamos, como um guia turístico.
É esse aí, ensinando o Eduardo a utilizar o telefone.                                                 Santa Marta, Colmbia. Praia de Rodadero.

É que lá existem pessoas que ficam na rua com diversos celulares e os alugam para fazer chamadas. O custo é bem mais barato que do telefone pessoal.

Praia de Rodadero.
Santa Marta, Colmbia. Praia de Rodadero.

  Santa Marta - Colmbia.

Santa Marta - Colmbia.

Fomos almoçar na Praia de Tangaga, que fica nesta enseada,Santa Marta, Colmbia. Praia de Taganga.
e é essa aí:Santa Marta, Colmbia. Praia de Taganga.  

Haviam nos falado que fazem, na Colombia, um arroz de coco muito bom. Resolvemos prova-lo em Tangaga. Veio servido com peixe, salada e banana frita. É esse daíSanta Marta, Colmbia. Arroz de coco com peixe. 
Para meu gosto, o arroz era muito doce. Não gostei muito! Mas, ao menos,conheci o tal de arroz de coco.

Como ficamos pouco tempo em Santa Marta, não deu tempo para conhecer alguns locais que dizem ser lindos, como o Parque Nacional de Tayrona e a Sierra de Nevada, que é a cordilheira litorânea mais alta do mundo (5.775 m). Nesta montanha, no topo, segundo nosso guia, a neve é eterna. Enfim pelos folhetos turísticos, existem diversos locais interessantes para conhecer em Santa Marta, mas demandam mais tempo.

De Santa Marta, zarpamos para Cartagena de Índias.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

TEMPESTADE ELÉTRICA.

De Curaçao, saímos rumo à Colômbia. Mas, como a esposa, filha e uma amiga do Tedo Westphalen estavam conosco e queriam conhecer Aruba, e como era passagem, os levamos até lá, onde ficamos por cerca de uma semana. Aproveitamos para curtir mais um pouco a ilha.

Olha aí o Tedo, a esposa Tammy, a filha Wendy e a amiga Carolina, na ilha privada do Renaissance Hotel and Marina.
l:IMG_20120803_125252

Na mesma ilha: IMG_20120803_120947

Alugamos um carro para passear pela ilha. Uma noite, fomos para a região dos resorts, onde existem diversos restaurantes e bares e estacionamos o carro num local público. Não nos apercebemos que ali próximo havia um estacionamento pago, e os veículos do estacionamento, quando lotado, eram colocados, também, no local onde estávamos.
Quando buscamos o carro para retornar à marina, andamos alguns metros e um pneu murchou. A troca do pneu deu uma trabalheira, o carro era uma Nissan Frontier antiga e não nos deram nenhuma instrução de como trocar um pneu. Tentamos acionar o serviço de emergência da locadora, mas ninguém atendeu o telefone. Ainda bem que o Tedo já teve um carro similar e lembrou que o estepe era debaixo do carro. Foi uma trabalheira para retirar aquele estepe.

Abaixo, o Tedo e o Eduardo trocando o pneu
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No dia seguinte, mandamos consertar o pneu e, para nossa surpresa e indignação, haviam três cortes na sua banda lateral. Acho que provocamos a raiva do pessoal do estacionamento.

O Tedo, esposa, filha e amiga, retornaram para Curaçao e nós seguimos para a Colômbia.

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Saímos de Aruba dia 7 de agosto, pelo meio-dia, com destino a Santa Marta, na Colômbia. A navegação durou cerca de 44 horas. As primeiras 24 horas foram em mar de almirante e céu de brigadeiro. À noite, antes da lua nascer, haviam tantas estrelas no céu e tão brilhantes, que foi uma contemplação prazerosa. Além do brilho das estrelas, as nebulosas estavam com seus contornos por demais nítidos, perfeitamente visíveis.

O dia seguinte amanheceu radiante, o mar continuava calmo, pouco vento, estávamos fazendo uma das navegações mais tranquilas de toda nossa viagem. À tarde daquele segundo dia começou a ventar mais forte, o mar começou a crescer, as ondas aparentavam uma altura de cerca de 4 metros. Aí começou o desconforto. O barco pendulava muito, era difícil fazer qualquer coisa a bordo.

Anoiteceu e o mar continuava encapelado (ou será encapetado?). Navegávamos a cerca de 20 milhas da costa e começamos a ver raios e relâmpagos no continente. Aqueles raios e relâmpagos foram se aproximando e, quando nos demos conta, estavam sobre nós, num espetáculo de clarões e estrondos. Esta situação durou mais de quatro horas, os raios era constantes, iluminando o mar. Era tanta a claridade que os painéis solares foram acionados. A luz verde que indica que os painéis estão mandando carga para as baterias, acendeu. Alguns raios caíram bem próximos de nós. Por sorte, nenhum nos atingiu. Não tenho a mínima idéia do que aconteceria se um deles nos atingisse.

De repente, desabou um aguaceiro tão forte, que impedia a visão do mar apesar do clarão dos raios. A situação nos deixou apreensivos, com a sensação de perigo muito grande. Devido à enorme quantidade de chuva caindo, nos abrigávamos no interior da cabine do barco, com o alarme do AIS ligado, para denunciar a aproximação de qualquer outra embarcação e o piloto automático ligado. Mesmo assim, seguidamente subíamos para o cockpit para verificar se haviam outras embarcações.

Meu filho Eduardo, que havia adquirido, tempos atrás, uma mochila impermeável, começou a enche-la com alimentos, água, telefone, GPS, enfim, objetos necessários para um eventual abandono da embarcação. Eu, por meu turno, segurei o localizador SPOT próximo de mim.

Numa dessas subidas ao cockpit, vi a luz de uma embarcação bem próximo a nós. A embarcação era grande, parecia ser um barco pesqueiro. Pude vê-la pelo clarão dos raios. Aí foi aquela correria, o Eduardo foi para o leme, desligou o piloto automático e conduziu o veleiro manualmente, tentando desviar daquela embarcação. De repente, o alarme do AIS disparou e verificamos que a embarcação estava a menos de uma milha de distância e vinha em nossa direção. O Eduardo desviou do rumo dela e eu apanhei uma lanterna potente para sinalizar, embora estivéssemos com as luzes do mastro ligadas.
Aí, ouvimos uma chamada pelo rádio. Alguém, falando espanhol dizia: “Amigo, já enxergamos vocês”. Conversamos um pouco, comentando a situação que estávamos vivenciando, nos desejamos boa sorte reciprocamente e cada um seguiu seu caminho.
Chegamos em Santa Marta de manhã, já com  tempo bom e fomos diretamente para a Marina Internacional de Santa Marta, descansar.

Durante todo o tempo em que estamos velejando pelo Caribe, – cerca de dois anos - esta foi a única ocasião que nos deixou, realmente, preocupados. Então, estamos no lucro.

Assim como na vida, no mar também tudo passa. Essa passou e vamos em frente que ainda há muito a conhecer.