Como disse em post anterior, o motivo de nossa vinda para Antigua foi ver veleiros clássicos e suas regatas. Onde estávamos ancorados, na English Harbour, ficava um pouco longe do agito, que era no Antigua Yacht Club, que sediava a regata, na Falmouth Harbor, outra baía.
Resolvemos, então, ficar mais próximos do movimento e ancoramos na baía acima, onde já haviam inúmeras embarcações ancoradas. Essa baía era tão calma quanto a anterior. O que fazia balançar um pouco os veleiros, era o trafego de botes de apoio, os dingues.
Ao sairmos da English Harbour, vimos, ancorado no canal, um veleiro com uma pintura que chamou a atenção. Olha aí ao lado. Tem gosto p'ra tudo!
Dia seguinte, como não haveria regata, fomos conhecer St. John, que é a capital de Antigua. Chegamos lá com chuva.O local não agradou. Ancoramos próximo a um veleiro italiano (só haviam dois ali ancorados), desembarcamos e fomos à procura de um dingue-dock para deixar nosso bote. Não havia nenhum, somente um arremedo, onde podemos amarrar o bote enquanto fomos para terra.
Havia um navio de passageiros atracado e, no entorno no porto – onde deixamos o bote –, tudo girava em torno de turismo de navio. O local era feio, gente feia, muitas lojas de quinquilharias. Fizemos um lanche num Subway, caminhamos um pouco pelas ruas e resolvemos ir embora. Ali não havia nenhum atrativo.
Fomos, então, para outra baía, a Jolly Harbour, cerca de 10 milhas de Falmouth Harbour,.
É um local bonito e agradável, com vários canais, em cujas margens haviam condomínios de casas e apartamentos, na frente dos quais existem píeres para guardar as embarcações.
Ancoramos na parte externa da baía, porque, na parte interna, não é permitido ancorar, somente utilizando as poitas lá existentes.
Na baía existe uma marina bem estruturada e, segundo informações, bem protegida de furacões. Quando estes ocorrem, os danos não são grandes. Abaixo, fotos da marina e dos canais.
Fomos caminhar para conhecer o local, fizemos compras num supermercado grande e com bom sortimento.
Dormimos naquela baía uma noite e retornamos para o Iate Clube, em Falmouth Harbour, para assistir uma das regatas de clássicos no dia seguinte (são 4 dias de regatas).
À noite, pelas 20:00 horas, hora local, caiu um forte temporal, com ventos de até 25 nós. Dois catamarãs “garraram” (soltaram suas âncoras), ambos sem ninguém a bordo e ficaram à deriva.. O primeiro, após bater num veleiro lá ancorado, emaranhou seu leme no cabo da âncora daquele e parou. O outro encarapitou-se no meio de dois monocascos que estavam amadrinhados (a contra bordo), e ali ficou preso.
Ambos os catamarãs não seguiram uma regra primária, que consiste em liberar bastante corrente para garantir a ancoragem (o peso da corrente ajuda a segurar a âncora cravada na areia), e verificar se a ancora está resistindo, antes de sair da embarcação. Aí, deu no que deu!
Vale aqui uma observação, pertinente a ancoragem em baías calmas. A situação em baías com este perfil induz tranqüilidade. Essa tranqüilidade é perigosa,na medida de que há sempre o risco de ocorrência de ventos repentinos fortes. Fica-se sem preocupação, face o conforto da situação, e isto é perigoso. Se sair do barco, deve-se ficar atento ao vento e, se aumentar, observar o comportamento da embarcação, quando possível.
Já tivemos diversas experiências. Por diversas vezes o Guga Buy também “garrou”.
Tivemos situações em que o vento era tão forte, que tivemos que ligar o motor e dar tração a vante, para manter o veleiro estável e evitar que a âncora soltasse. Aqui no Caribe, após começar a utilizar uma âncora tipo Delta, os riscos diminuíram, pois esta âncora é ótima para a tença daqui.
Então, necessário muita atenção na ancoragem em baías calmas. A água calma é ótima, confortável, mas pode oferecer perigo, Há que, sempre, estar preparado para a ocorrência de ventos fortes e repentinos, principalmente no verão.
Passado o temporal, assisti um filme que nada tinha a ver com temporais e fui dormir.
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