A tormentosa chegada em Trinidad foi descrita no post anterior.
Após colocarmos o Amazonas no pier da Marina CrewsInn, fomos fazer a entrada na imigração e customs. Depois, fomos atrás de mecânico para consertar o motor. Por indicação de um amigo francês, o Olivier, que conhecemos na outra estada em Trinidad, procuramos o mecânico Raymond. Ele foi muito solícito e pareceu ser bastante competente. Foi verificar o motor, constatou que, realmente, entrara água pelo escapamento. Já começou a trabalhar e pediu para o Eduardo comprar bastante coca- cola. Realmente, fazia muito calor em Trinidad e eram três a trabalhar. Foram oito recipientes de dois litros cada. Mas beber toda aquela coca-cola...? Beber...? Que nada. O cara colocou toda aquela coca-cola no motor. Disse que aquilo serviria para desengripar. Pois não é que funcionou? Dois dias após, retirou a coca-cola e colocou óleo e o motor virou. Coca-cola, em Trinidad, não é só refrigerante, é high tech!!
Outra tecnologia do criativo mecânico: ao dar partida no motor, para ativar a explosão na admissão, sabem o que utilizou...? Inseticida!! Morro e não vejo tudo!
Enquanto estávamos aguardando o conserto do motor, convivemos com amigos antigos e fizemos amigos novos. Já na primeira noite em que lá estávamos, para não perder o jeito, fizemos um churrasquinho básico à bordo do Amazonas.
A Andy e o Geraldo (Andy e Galdo), um casal fantástico que mora no Caribe já há algum tempo, trabalham com a empresa Mooring, de fretamento de veleiros, e que havíamos conhecido em St. Maarten, no início do ano, estavam com seu veleiro, Baleeiro, numa marina em Trinidad, fazendo manutenção. Olha eles no Amazonas, num papo legal…
Já no dia seguinte chegou o veleiro Maruja, dos baianos Hugo e Catarina. Aí a atividade etílico-gastronômica aumentou.
A lida com o motor continuou por alguns dias. O motor girava, mas o motor de partida começou a dar problemas. Em vista disso, o Amazonas continua em Trinidad, até a chegada de peças do Brasil.
Chaguaramas é um centro náutico por excelência, incluido manutenção de grandes embarcações. Em vista disso, às vezes vemos cenas como esta abaixo, que pareceu ser um treinamento para combate a incêndios em plataformas. Repare na força dos jatos d'água.
Então, como o Amazonas iria ficar no estaleiro, o jeito foi ir para Curaçao, ao encontro do Guga Buy, via aérea. Fomos eu, o Eduardo e o Claudio Fischer, proprietário do Amazonas, que foi a Chaguaramas para velejar com seu barco, no trecho Trinidad/Curaçao.
Só que não velejou. Voou!!
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